No Pinhal Interior
Investigação em curso para aproveitar as árvores mais jovens
E se do pinheiro bravo de baixa densidade (árvores mais jovens) não se fizerem apenas estacas, mas sim outro tipo de estruturas como pontes, garagens ou móveis? Esse é o desafio da 'Pinhal Maior', uma empresa inter-municipal, que está a tentar valorizar económicamente a floresta da região do Pinhal Interior.
Reconquista
Aproveitamento mais rentável dos toros pequenos é o objectivo central da investigação
Este é um projecto de investigação científica e está a ser desenvolvido em colaboração com a Universidade de Coimbra e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil,. E visa o aproveitamento da madeira de pinho de baixa densidade (com diâmetro entre os 5 e os 17 centímetros) para outras estruturas, que não apenas as estacas.
Os testes já começaram a ser feitos de forma a verificar a resistência da madeira depois de tratada, o que será fundamental para a atribuição de novas funções ao pinheiro bravo.
Augusto Nogueira, coordenador da Pinhal Maior (organismo que integra os concelhos de Vila de Rei, Oleiros, Sertã, Proença-a-Nova e Mação), considera o projecto bastante importante para uma região afectada pelos incêndios florestais. "Devido aos fogos, existe muita madeira que, devido à sua dimensão, apenas é utilizada na produção de estacas. O objectivo da iniciativa passa por obtermos novas formas de aproveitamento desse tipo de madeira".
Caso os testes se revelem positivos e se confirme que aquele tipo de madeira pode ser utilizado na elaboração de outro tipo de estruturas, a economia da zona do Pinhal poderá sofrer um novo impulso, já que a madeira de pinho sairá valorizada e toda aproveitada.
Os autarcas da Pinhal Maior acreditam que a utilização daquele tipo de madeira para a construção de outras estruturas, como móveis, pontes ou garagens, por exemplo, torna-se uma mais valia económica e ecológica para as suas regiões, pois haverá, assim, uma melhor limpeza da floresta.
Tirado do EXPRESSO.